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A magia da dança catira


por Marco Túlio



A catira tem uma origem muito discutida. Alguns dizem que ela veio da África junto com os negros, outros acham que é de origem espanhola, enquanto estudiosos afirmam que ela é uma mistura com origens africana, espanhola e também portuguesa – já que a viola se originou em Portugal, de onde nos foi trazida pelos jesuítas.

A dança catira, para quem não sabe, surgiu em Bom Despacho há muitos anos, na comunidade da Extrema, e se chama os extremeiros. Eles foram o grupo que mais influenciaram a dança na região. Mas com o passar do tempo o grupo foi se distanciando, seus integrantes foram se mudando para outras cidades até parar de se reunir e de se apresentar.

Com a mudança do pessoal e a não preocupação de passar essa cultura para os descendentes, a Catira deixou de existir em regiões como Vargem Grande, Lagoa Verde, Picão e na própria Extrema. Contudo, os extremeiros continuam se apresentando em Bom Despacho, ainda que com pouca freqüência.

Em nossa região, um dos grupos mais atuantes no momento é o “Pedro Pedrinho”, que se originou no município de Martinho Campos, no povoado de Monjolos, e tem como integrantes vários catireiros bom-despachenses, entre eles o comandante do grupo, o médico José Maria Campos, que atualmente reside em Bom Despacho.

A origem desse grupo é muito interessante, pois ele é formado só com membros da família. O nome veio do pai do Dr. José Maria, que se chamava Pedro Fernandes Filho, conhecido como Pedro Pedrinho, nascido e criado na beira do São Francisco, na comunidade dos Monjolos. “Ali existia um grupo de catira, formado por ele e seus irmãos e alguns outros parentes, e o pessoal que trabalhava na fazenda de seu pai, que também era violeiro e dançador. Ele teve a preocupação de passar para os filhos a dança da catira, conservando a tradição na família Fernandes Campos”. Com uma família muito grande, de 14 filhos, Pedro Pedrinho conseguiu conservar e ensinar a arte de sapatear para seus filhos, cultivando essa dança folclórica que, a meu ver, vai durar muito tempo. Eles aprenderam também a tocar viola, formando assim o grupo de catira Pedro Pedrinho – que constitui hoje a 4ª geração de catira na família Fernandes Campos. Atualmente são 26 catireiros entre irmãos e sobrinhos. Todos estão agora aprendendo a tocar viola, pois o sapatear e o bater palmas todos já sabem.

Com isso se espera que o grupo não se acabe como aconteceu com outros, que não foram passando para frente as suas raízes.

Para o ano que vem, o grupo espera se apresentar no programa “Viola minha Viola”, da Inezita Barroso, que é um programa de raízes e que se preocupa muito com o folclore brasileiro, levando assim mais uma vez o nome de nossa cidade para o cenário nacional.

Descontração
A dança catira não se limita apenas em bater palma e sapatear, constituindo-se num estilo de vida de quem está dançando. Naquele momento o dançador se esquece de coisas ruins, trazendo assim muita alegria e descontração, além da dança servir também como identidade familiar para os integrantes do grupo.

Quem se interessar em aprender a catira, que de fato é muito encantadora, deve procurar pelo Dr. José Maria Campos (Praça da Matriz, 164 – Bom Despacho), onde ele se dispõe a passar para os interessados os seus conhecimentos sobre a dança.

Catira é folclore, é cultura. Vamos cultivar essa raiz em nossa cidade para que ela seja sempre lembrada por todos como uma dança alegre e bonita.

E-mail para contato: marcotulio.ca@bol.com.br

Artigo Publicado no Jornal de Negócios.

 

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Video & Fotos e imagens

 


Os catireiros com camisa xadrez, calça jeans, lenço no pescoço e um chapéu de aba larga: traje igual para meninas e meninos.

A antiga dança do Centro-Oeste, quase esquecida entre os moradores de Aparecida do Taboado, ressurge com a formação de um grupo de dançadores mirins.

As origens da catira foram estudadas durante todo o projeto: o senhor Felipe Leonel de Aquino, catireiro desde criança, apresenta aos futuros dançadores um histórico sobre a manifestação folclórica, forte no passado do município, e hoje praticamente esquecida; a professora Jucelma reconta para a classe causos da tradição oral trazidos à cidade por tropeiros de Minas Gerais que ali acampavam; os movimentos da dança são registrados pelas crianças em desenhos; e a dupla formada pelo violeiro José e por seu irmão, o cantador Clementino Leite de Souza, anima a apresentação.

Conhecida também como cateretê, a catira é típica no Centro-Oeste. Existem pelo menos duas origens para essa manifestação folclórica, uma indígena e outra, portuguesa. Nos tempos coloniais ela era um agradecimento ao santo de devoção pela boa colheita. Originalmente a dança era exclusiva para homens, mas com o passar do tempo a presença feminina começou a ser aceita.Os catireiros, como são conhecidos, têm uma vestimenta típica: camisa xadrez — de manga comprida — e calças jeans. Usam botas, chapéu de aba larga e lenço no pescoço, lembrando os boiadeiros. Eles bailam ao som da moda de viola, que trata de questões do dia-a-dia, como o trabalho e o amor. Os dançarinos se colocam em duas fileiras, uma em frente à outra, e após a introdução da canção, começam a sapatear e bater palmas, sempre ao ritmo das violas. Logo depois os cantadores entoam a segunda parte da música. A dança termina com o recortado, em que os dançadores vão trocando de lugar a cada estrofe da moda. Quando voltam aos seus lugares originais, a dança termina.

Quer saber mais ?
Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental João Luiz Pereira, R. Princesa Maria Leopoldina, 4561, CEP 79570-000, Aparecida do Taboado, MS, tel. (0_ _67) 565-1611

Fonte: Nova Escola on-line
http://novaescola.abril.com.br/index.htm?
ed/157_nov02/html/caderno_esp3


 

 

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